Da memória

O dia foi atípico. Alucinante. Um pouco à semelhança do de ontem. Episódios díspares que nem filmados podiam ser verosímeis. Várias frentes com a necessidade de compartimentar a ansiedade.
Houve até ocasião para rever e revisitar lugares na memória.
Tudo tem o seu tempo e em muitos momentos as rotinas e os rituais deixam transparecer um tempo que pouco depois não é mais do que um momento.

Olhar para trás e sentir saudade faz parte. Parece sempre outra vida, lá muito ao longe. Quase que deitada na linha do horizonte.
Sentir cansaço também. Olhar para o rosto e sentir que o último ano me envelheceu 10 também não é fácil. Mas é lidar e seguir. E deixar que o cansaço venha porque faz parte mas que não se instale. Até porque sempre vão surgindo ideias e vontades para driblar a resignação. Há muito para caminhar. Só espero que a memória nunca falhe ou não falhe totalmente. Porque é a ela que volto quando renasço.
Na verdade, não faz sentido para ninguém o que aqui escrevo. Mas a escrita sempre foi um lugar onde me encontro e onde posso voltar sempre que a a vida acontece. E ainda bem que ela vai acontecendo.
Boa semana.


Publicado

por