Memórias

Esta foto tem 15 anos.

A minha memória é uma merda, por isso gosto tanto de tirar fotos, capturar momentos e escrever sobre eles. São cábulas para atalhar caminhos e num instante consigo remeter-me para os sentimentos ou as vivências.

Recordo-me do calor. Dos girassóis. Do caminho. E do quanto quis gravar aquele momento, principalmente as metas e objetivos que tinha naquela altura. O cabelo estava em pasta do cloro da piscina. A pele estalava do sol. Mas estava bem. A viver um dia de cada vez. Talvez tenha sido aí que comecei o simples exercício mental de parar em vários momentos do dia a dia e perguntar-me “onde queria estar”. Cada vez mais, nos últimos anos quase a 100%, respondo que quero estar no preciso local e momento que estou a viver. Seja a cozinhar em casa, a sofrer no ginásio, a ouvir a história mais incrível ou dolorosa, a escovar os gatos, a dar um abraço ou apenas estar a olhar para a parede. Triste é quando nos respondemos que gostaríamos de estar noutro lado que não no local onde nos encontramos e a viver a vida que temos. 

Batalha-se muito. As vidas são difíceis e muito complicadas. Mas em tantos os momentos somos nós o maior empecilho e obstáculo para a viver em pleno.


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